STF suspende processos sobre contratação de PJs e autônomos: o que isso significa para sua empresa?
- Gennifher Pistillo
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Você sabia que o Supremo Tribunal Federal, na segunda-feira, dia 14 de abril de 2025, suspendeu todos os processos que discutem se a contratação de prestadores de serviço como pessoa jurídica ou autônomos configura fraude trabalhista?

Se a sua empresa adota esse modelo, essa decisão pode impactar diretamente a sua operação, o seu fluxo de caixa e a sua segurança jurídica.
Neste artigo, vou explicar o que está em jogo, o que essa suspensão nacional significa e como proteger sua empresa antes que isso vire um passivo oculto de grandes proporções.
O que exatamente decidiu o STF
Em 14 de abril de 2025, o STF reconheceu repercussão geral no Tema 1389 e determinou a suspensão de todos os processos no país que discutem:
Fraude na contratação por PJ ou autônomo;
Licitude da terceirização/autonomia;
Competência da Justiça do Trabalho nesses casos;
Ônus da prova: cabe ao trabalhador ou à empresa?
Essa decisão foi tomada após o STF observar um aumento expressivo de ações trabalhistas sobre o tema, e uma divergência de entendimento entre a Justiça do Trabalho e o STJ sobre liberdade contratual.
O que isso revela sobre o cenário jurídico atual
A suspensão dos processos mostra que o STF está prestes a definir regras claras e nacionais sobre a validade da contratação de autônomos e PJs.
Isso representa um divisor de águas: o que antes era apenas um contrato civil pode, futuramente, ser interpretado como vínculo trabalhista — caso não haja documentação, prática e gestão compatíveis com a autonomia real.
Quais os riscos para sua empresa
Se a sua empresa contrata sem respaldo jurídico adequado, corre sérios riscos de:
Ser condenada a pagar encargos retroativos, FGTS, INSS e verbas trabalhistas;
Ter contratos desconsiderados judicialmente;
Sofrer danos à reputação e à cultura organizacional;
Abrir precedentes para novas ações judiciais.
E o pior: isso pode acontecer mesmo que a contratação tenha sido feita de boa-fé.
O que você pode (e deve) fazer agora
O caminho para proteger a empresa é claro e começa com uma revisão preventiva dos contratos e práticas atuais:
Tenha contratos personalizados, com cláusulas claras sobre autonomia, não subordinação e ausência de habitualidade;
Documente a real independência do prestador;
Evite práticas que possam caracterizar vínculo, como controle de horário, metas e relatórios obrigatórios.
E é aí que entra o trabalho preventivo que tanto falo aqui
Se a sua empresa não tem contratos bem estruturados, claros e juridicamente coerentes com a realidade da prestação de serviços, ela está exposta a um risco concreto — financeiro, reputacional e de gestão.
Contratar PJs não é problema. O problema é fazer isso sem respaldo legal, sem estratégia e sem pensar nas consequências.
✅ Revisar esses contratos agora é agir como um empresário inteligente: que não espera o problema se agravar para tomar uma decisão.
Próximo passo: proteja sua empresa com orientação especializada
Como advogada especializada em Direito do Trabalho Empresarial Preventivo, posso ajudar sua empresa a:
Blindar seus contratos com autônomos e PJs;
Reduzir o risco de passivos ocultos;
Alinhar sua estrutura contratual ao entendimento do STF;
Transformar o jurídico em uma ferramenta de gestão estratégica.
📌 Agende um diagnóstico preventivo trabalhista e descubra onde sua empresa pode estar vulnerável — antes que o problema se torne uma dor real.



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